De forma impressionante e cada vez mais, a comunidade médica ressalta a importância do HPV e sua associação direta com o câncer genital na mulher. O HPV é o grande fator de risco desencadeador do desenvolvimento dessa doença. A sigla HPV vem do inglês Human Pappilomavirus (Papilomavirus Humano) e corresponde a um grupo de mais de 100 tipos diferentes de vírus. Aproximadamente 30% desses vírus são sexualmente transmissíveis, com potencialidade de infectar áreas genitais do homem e da mulher, incluindo o pênis, vulva, vagina colo do útero e ânus. O câncer de colo uterino é a segunda causa mais comum de câncer na mulher.
O câncer só irá se desenvolver na presença do DNA do vírus HPV. Apesar disso, o câncer é uma consequência rara da infecção de alguns tipos de HPV. Isso significa dizer que nem todos os casos de infecção pelo HPV irão evoluir para câncer. O raciocínio então é evitar a contaminação com o vírus HPV para não ter câncer. Nesse sentido, o alerta é dado para os fatores de risco para adquirir HPV, que estão associados ao início precoce das relações sexuais, ao relacionamento com muitos parceiros e, ainda, ao fato de ter parceiros que se relacionam simultaneamente com várias pessoas. O comportamento sexual desempenha papel significativo nessa prevalência, na medida em que se observa o aumento do número de parceiros sexuais.
Além disso, existem outros fatores que aumentam o risco de adquirir HPV como: aumento do número de filhos (cinco ou mais), tabagismo, infecção associada com Chlamydia trachomatis ou ao vírus herpes simples, uso prolongado de contraceptivos orais, deficiência imunológica, história familiar dessa enfermidade, excesso de peso, carências nutricionais, alimentação pobre de frutas e vegetais. Algumas mulheres ficam mais propensas a essa enfermidade, principalmente quando estão grávidas. Na maioria das vezes a infecção do vírus HPV não causa sintomas, por isso, grande número de pessoas pode estar contaminado com esse vírus e simplesmente desconhecer esse fato.
O HPV é transmitido através do simples contato com os órgãos genitais de uma pessoa contaminada ou via outros meios, identificados como menos frequentes, como uso compartilhado de instalações sanitárias, roupas íntimas, de cama e de banho. Após a contaminação e um período de incubação variável (de 3 semanas a alguns anos), as lesões aparecem ou não. Tudo vai depender da defesa imunológica de cada pessoa, tornando a evolução da doença imprevisível. Num sentido mais geral, pode-se dizer que proteção imunológica significa uma barreira individual contra doenças. Existem indivíduos com forte defesa orgânica, que mesmo mantendo relações sexuais com parceiros infectados pelo vírus HPV não adquirem a doença. Outras pessoas, porém, padecem com situação oposta.
Na prática, o diagnóstico deve ser feito pelo exame de Papanicolau, colposcopia e biópsia para exame histopatológico, que também servem de parâmetro para acompanhamento terapêutico. Para o tratamento existem medicações que melhoram a infecção e métodos cirúrgicos para a retirada ou destruição local das lesões.
Porém, melhor que tudo isso é a prevenção. Esse é um ponto fundamental a ser considerado. O uso de preservativo ganha espaço, como método importante nesse aspecto. Na realidade, a camisinha masculina não protege completamente a transmissão do vírus HPV. Isso porque esse preservativo não cobre a base do pênis que fica exposta ao contato com a vulva. Se a mulher estiver usando a camisinha feminina a segurança e maior, porque a abertura externa desse preservativo é mais larga, dando maior isolamento do contato da vulva com a base do pênis, durante as relações sexuais.
Aproximadamente ¾ de todos os indivíduos sexualmente ativos terão infecção com o vírus HPV, em algum momento de suas vidas. Diante dessa perspectiva, verificamos que, entre todas as medidas preventivas possíveis de exposição ao vírus HPV, a vacinação dos adolescentes de ambos os sexos é a intervenção mais eficiente e viável para reduzir a incidência de câncer e fundamental conter o avanço do HPV.
Temos a preocupação no Dr. Cuida de fazer a prevenção de todas as doenças sexualmente transmissíveis, incluindo HPV que pode evoluir para o câncer de colo uterino.
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