A vídeo-histeroscopia ou histeroscopia permite a visualização diagnóstica e a realização de cirurgias que removem lesões uterinas dentro do útero. Essa técnica utiliza ótica de pequeno calibre, aproximadamente 3 mm, chamada histeroscópio que é colocado de forma cuidadosa pela vagina, indo em direção ao canal do colo para evidenciar a cavidade uterina.
Ao histeroscópio é adaptado uma fonte de luz e câmera que permite ao médico e também a paciente no consultório, visualizar com grande nitidez através do monitor de vídeo, o interior do canal cervical, a abertura das tubas uterinas e as alterações ou patologias do endométrio (tecido que recobre a cavidade do útero).
Existem duas alternativas para realizar a vídeo-histeroscopia: no consultório para o diagnóstico das alterações da cavidade uterina ou no hospital para tratamento com remoção das lesões uterinas. Previamente a realização da histeroscopia no consultório é utilizado medicação para ajudar no relaxamento e anestesia se for necessário.
Algumas alterações da cavidade uterina podem estar associadas ao câncer de endométrio, por essa razão, durante o procedimento é muito importante realizar a biópsia que permite diferenciar entre as lesões benignas e malignas.
Uma ocorrência muito comum de indicação da vídeo-histeroscopia é a presença de espessamentos e outras alterações endometriais detectados nos exames de imagem como a ultra-sonografia, histerossalpingografia, tomografia e ressonância magnética. Os espessamentos dentro do útero podem ocorrer em qualquer fase da vida da mulher, mas é mais comum no período do climatério, após a menopausa.
Dentre as principais indicações destaca-se sangramento uterino anormal que pode ocorrer em qualquer idade, mas particularmente em mulheres na menopausa; suspeita de mioma, pólipo e câncer. Em determinadas situações os chamados miomas submucosos podem abaular a cavidade uterina e causar sangramento uterino excesso e levar a anemia. Com a vídeo-histeroscopia é possível fazer tanto o esclarecimento diagnóstico quanto o tratamento com retirada de miomas e pólipos por via vaginal.
O sangramento uterino excessivo também pode ocorrer apesar da ausência de miomas, pólipos ou lesões malignas. Nesse caso, estando a paciente com a prole constituída, pode ser realizado a retirada (ablação) do endométrio por vídeo-histeroscopia, evitando a histerectomia (retirada do útero). O tratamento cirúrgico por vídeo-histeroscopia tem grande eficácia na melhora do sangramento uterino irregular.
Por outro lado, com a histeroscopia é possível fazer o diagnóstico da incompetência ístmo-cervical que é uma das causas de abortos repetidos. Na ocorrência de abortos a vídeo-histeroscopia está indicada para a remoção dos restos placentários, por ser um método muito mais preciso e com redução das complicações quando comparada com a curetagem uterina, principalmente para quem deseja engravidar novamente no futuro.
Em particular, a vídeo-histeroscopia é útil para o diagnóstico de infecções na cavidade uterina chamada endometrite, que pode causar dor nas relações sexuais e também infertilidade. Outro fator que contribui para infertilidade, cólica menstrual e dor pélvica é a presença aderências (sinéquias) dentro da cavidade uterina. O tratamento consiste na retirada dessas alterações da cavidade uterina por vídeo-histeroscopia.
São ainda causa de infertilidade as alterações na forma, tamanho ou qualquer modificação no contorno do útero, como por exemplo, septo uterino, útero bicorno ou bloqueios na abertura do orifício das trompas (óstios tubários). De modo geral, a vídeo-histeroscopia está indicada em todas as mulheres que tenham dificuldade de engravidar e antes de fazer Fertilização in vitro.
Através da histeroscopia a colocação, reposição ou a remoção do DIU (Dispositivo Intrauterino) podem ser realizados com muito mais precisão. Além disso, é possível fazer a biópsia dirigida que é muito útil para o diagnóstico de lesões benignas como, pólipos, miomas e sinéquias ou para confirmar o câncer endometrial.
Os procedimentos de retirada de lesões da cavidade uterina, como miomas, pólipos, sinéquias, restos placentários e ablação de endometrial (retirada do endométrio) por vídeo-histeroscopia, são realizados em hospital, onde existe muito mais recursos técnicos e segurança, com menor risco de complicações.
Nessa condição, o procedimento é feito dentro do centro cirúrgico, sendo necessário a presença da equipe cirúrgica incluindo o cirurgião, anestesista e instrumentador. Cabe frisar que nessas cirurgias não existe a necessidade de fazer grandes incisões ou dar pontos e a paciente permanece apenas algumas horas no hospital, antes de receber alta.
Resumidamente, podemos citar que uma grande vantagem desse recurso é a possibilidade de diagnóstico precoce e do tratamento das lesões, com maior chance de cura completa das doenças.
No Dr. Cuida realizamos exames diagnósticos e cirurgias por vídeo-histeroscopia.
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